Ultra-aprendizado - resenha crítica

Por que o ultra-aprendizado é importante? 

O ultra-aprendizado é uma estratégia para absorver novas habilidades e conhecimentos de forma autodirigida e intensiva, com mais rapidez do que métodos convencionais de ensino. Em uma época de tantas informações, a técnica é fundamental para absorvermos o que realmente importa de um jeito mais rápido. 

Também é útil para trabalhar em projetos de implementação de novos produtos ou serviços, chamando atenção de empresas antenadas com o que há de mais moderno em termos de criação. 

E da mesma forma que podemos aprender sozinhos por meio da leitura, o ultra-aprendizado se diferencia por colocar você no comando de tudo. Não é apenas uma mera teoria, mas um método de acelerar a absorção de conhecimentos. 

Muitas vezes, nos sentimos perdidos, sem saber qual fórmula seguir para fazer com que o cérebro entenda ou decore de uma só vez aquele conteúdo que precisamos tanto fixar na memória. Em tempos tão corridos, a tendência de nos desesperarmos e sentirmos que estamos ficando para trás aumenta. 

Seja para aprender um idioma, exercitar habilidades recém-adquiridas ou colocar em prática os talentos artísticos, é comum cometer o erro de achar que não há espaço na mente para mais informações. 

No ultra-aprendizado, a prioridade é fazer com que o conhecimento chegue de forma profunda e efetiva. Não é preciso ser nenhum gênio para sentir seus resultados, mas é fundamental saber que nem esse método é o mais produtivo do que todos os que você já conheceu.

Como se tornar um ultra-aprendiz

Cada projeto profissional é único, com métodos e passo a passo precisando ser bem detalhados do começo ao fim. Da mesma forma, o aprendizado precisa ser destrinchado para uma efetivação plena. O ultra-aprendizado exige que cada novo conhecimento seja dividido em etapas distintas para ser absorvido por nosso cérebro. 

Para começar, trabalhe na meta-aprendizagem, desenhando um mapa com todas as etapas a serem percorridas. Assim, é possível compreender a trilha que o assunto ou habilidade seguirá para atingir o resultado almejado. E isso só é possível ao exercitar o foco, cultivando a capacidade de se concentrar e reservando espaços de tempo apenas para a aprendizagem. A dispersão é inimiga do conhecimento.

Só então podemos começar a parte prática. Tudo o que foi aprendido deve ser colocado à prova, para que seja possível avaliar o quanto foi fixado ou foi perdido com o passar do tempo. 

Depois, é hora da repetição. Ao identificar seus pontos fracos, você precisa aperfeiçoá-los detalhadamente, buscando dominá-los na busca por melhorias. 

Assim, é possível testar as novas habilidades. É o processo de recuperação, rememorando de forma ativa as informações recém-adquiridas. Essa hora de avaliação também cria novos conhecimentos, que vão se retroalimentando. 

Nada disso é o suficiente se você não recebe feedbacks para saber onde estão suas principais forças e fraquezas. Aqui, você precisa ouvir e depois avaliar quais informações você tem mais facilidade de guardar e quais você esquece. 

E nunca esqueça de sua intuição. Ela será a responsável por explorar novos conceitos e analisar como seu cérebro funciona quando exposto ao novo. Por fim, fuja da zona de conforto. Experimente, se exponha às novidades, não tenha medo. Deixando de se acomodar, você completa o ciclo do ultra-aprendizado. 

Siga sempre em frente

O ultra-aprendizado não se resume a teorias. Colocar novos conhecimentos adquiridos em prática é uma tarefa que varia conforme a situação ou contexto da habilidade treinada. Não existe apenas uma forma de testar se as novas informações adquiridas estão fixadas em nós. 

Isso porque no autodidatismo as possibilidades são praticamente infinitas e cada um de nós precisa descobrir o que melhor se adapta às próprias necessidades. Tomando como exemplo as recentes mudanças no mercado de trabalho, você certamente já se deparou com pessoas que amam trabalhar de casa, enquanto outras odeiam essa modalidade com todas as forças. 

Nenhum deles está certo ou errado, é apenas a adaptação ao perfil de cada um de nós que varia continuamente. Ao aprendermos um novo idioma, por exemplo, vemos a necessidade de falar o tempo todo. Assim, é possível ouvir nosso sotaque e perceber quais melhorias precisam ser buscadas. 

Em compensação, outras habilidades são mais introspectivas e sua prática é mais difícil de ser avaliada. Uma das vantagens de ser ultra-aprendiz é perceber como a autonomia é palavra-chave nessa nova forma de absorver novas habilidades. 

Você precisa seguir sempre em frente, sem medo da prática. Só é possível aprender de forma plena quando se coloca à prova tudo aquilo que foi acessado por nossa mente. Sem esses testes, não há avanço. 

Ataque seu ponto fraco

Agora que passamos da metade deste microbook, precisamos falar um pouco sobre suas fraquezas. Quando você se submete ao ultra-aprendizado, compreende que sempre poderá falhar em alguns aspectos. E isso é normal, já que não existe ser humano perfeito. 

Em vez de desanimar, você precisa trabalhar para que a diferença entre suas habilidades e suas deficiências diminua o máximo possível. 

Quando você repete por seguidas vezes a prática dos novos conhecimentos, o mapeamento de forças e fraquezas vai ficando mais claro. 

Vamos supor que você esteja aprendendo novos conceitos da matemática. Essa ciência é muito complexa, pois exige a compreensão de princípios fundamentais, fórmulas às quais tivemos acesso nos tempos da escola e o contexto ideal para sua aplicação. 

Paralelamente a isso, a capacidade de resolver problemas também precisa ser trabalhada, e se houver alguma deficiência sobre questões de álgebra ou aritmética, todo o resto será afetado. Não que você deixe de ser bom em matemática, mas essa fraqueza pode lhe atrapalhar durante a resolução de exercícios. 

Ao atacar seus pontos fracos, você aprimora essas habilidades matemáticas como um todo, já que todas estão conectadas para que um problema seja solucionado plenamente. 

Melhorar suas deficiências é, automaticamente, ver suas forças multiplicadas e fortalecidas. 

Seu primeiro projeto de ultra-aprendizado

Chegou sua hora de colocar o próprio projeto de ultra-aprendizado em prática. Para começar, pense em quais caminhos poderia ter seguido ao longo da vida, mas acabou desistindo por medo de se sentir inadequado, frustrado, atrasado ou mesmo com falta de tempo para sua realização. 

Busque na memória aquelas habilidades de outros tempos que poderiam ter sido desenvolvidas continuamente, mas ficaram para trás. Lembrou? 

Isso é importante porque o ultra-aprendizado tem como grande obstáculo os próprios interessados, que muitas vezes não dão a devida atenção para a autoeducação antes de idealizar um novo projeto. 

Mas quando absorver novos conhecimentos é importante, a chama do interesse demora mais tempo para ser apagada. Lembre-se de que o ultra-aprendizado não é fácil e exige força de vontade, planejamento, tempo e esforço. 

Também é fundamental entender que, caso um primeiro projeto não dê certo, não existe motivo para desanimar. Recomeçar do zero faz parte do processo. 

Depois de definir qual a nova habilidade de seu interesse, pesquise. Busque saber tudo: histórico, caminhos, principais nomes e teorias. Leia o máximo possível sobre os novos conhecimentos que você quer adquirir. 

Depois, organize seu tempo, de modo a ter, pelo menos, meia hora por dia para treinar o ultra-aprendizado. Então, comece seu treinamento, revisando continuamente os resultados práticos atingidos. Sua satisfação pessoal crescerá exponencialmente e ficará muito mais fácil absorver tudo o que você quiser.  

Uma educação não convencional

Antes de iniciar suas pesquisas para escrever este livro, o autor encontrou muitos ultra-aprendizes ambiciosos, capazes de adquirir novos conhecimentos com muita força de vontade e empenho. Em compensação, a maioria acabava desistindo no meio do caminho.

Muitas vezes, a intensidade e o comprometimento que o ultra-aprendizado exigem desanimam muitas pessoas, que voltam suas atenções à educação convencional, sem atingir suas expectativas e causando ainda mais desânimo. Um ciclo de derrotas constantes. 

Estudos conduzidos por psicólogos mostram que boa parte do estresse e da ansiedade contemporânea tem a ver com a impossibilidade de atingir metas e suprir expectativas internas. 

Esse processo se intensifica quando não existe uma autodireção, como ocorre no ultra-aprendizado. Nessa forma de educação não convencional, cada um aponta o próprio caminho, identificando as necessidades individuais, sem precisar se ater a padrões impostos por quem não personaliza os conhecimentos desejados. 

Por ser uma aventura autodirigida, e não uma obrigação imposta de fora, essa nova forma de absorver conhecimentos se distingue. Essa maneira de fixar novos conhecimentos valoriza sua individualidade, autonomia e ainda gera mais resultados. 

Coloque tudo isso em prática e seja um ultra-aprendiz. Sua mente e seu espírito agradecem! 

Notas finais 

Em diversas fases da vida, o sonho de muitos de nós era conseguir absorver o máximo possível de conhecimentos. Seja antes de provas como o vestibular ou concursos públicos e até mesmo quando estamos prestes a nos apresentar para um público. Nesta obra, ficou claro que existe uma maneira ultra-eficaz de aprender tudo que nos é transmitido sem o esforço e o desgaste dos métodos tradicionais, que já não acumulam tanta efetividade. A aula dada aqui fica para sempre e nossa relação com o ensino nunca mais será a mesma.